Férias de Julho


Férias. Para as crianças, é um dos períodos de descanso do ano. Agora é esquecer um pouco a escola e só pegar em cadernos daqui a um mês. Essa mamata toda, porém, assusta um pouco os pais. O que fazer com os pimpolhos em todo o tempo livre? A preocupação é justificada, mas a boa notícia é que existem, sim, diversas formas interessantes de entreter a garotada e, de bônus, ainda reforçar os laços familiares. Só é preciso um pouco de dedicação, isto é, nada de largar a tarefa para o playground do prédio e os fiéis companheiros eletrônicos - videogame, TV e computador.

"O segredo é não encher a criança de compromissos e, ao mesmo tempo, também não a deixar totalmente desorientada", aconselha a psicopedagoga Tânia Ramos Fortuna. O ideal, portanto, seria programar viagens, passeios culturais, visitas aos amiguinhos e afins, mas sem lotar os dias de seu filho a ponto de nunca deixá-lo sozinho e livre para escolher o que quer fazer. "As crianças não são senhoras de seu tempo e, hoje, acabam às vezes escravizadas até pelo prazer, com tantas idas a lanchonetes, cinema e festinhas. Os pais podem e devem co-responsabilizar os filhos por suas férias, perguntando a eles o que querem fazer", complementa Tânia, que é coordenadora do curso de extensão "Quem quer brincar?", da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O equilíbrio também é bem-vindo na seleção de atividades. Dias de chuva pedem brincadeiras indoor? Pois nos dias de sol não deixe de ir andar de bicicleta no parque. Vão viajar em família? Invente jogos coletivos, que podem ser muito divertidos - mas, na volta, deixe a criança um pouco isolada, para que tire proveito também da introspecção e de sua própria imaginação.

Quer dicas mais específicas? O Educar para Crescer conversou com especialistas e reuniu sugestões exclusivas para as férias de seus filhos. Aproveite!

1) diversão em família: As férias são uma boa oportunidade de a criança conviver com os parentes e ter novas experiências e aprendizados;

           2) diversão na vizinhança: Nada de TV, as crianças podem aprender muito mais nas férias ao explorar a vizinhança;

3) diversão com seus filhos: atividades e brincadeiras para aproximar você de seus filhos;

4) diversão com os livros: fazer com que os livros também façam parte das férias sem que a leitura se torne tarefa chata;

5) diversão à moda antiga: Esconde-esconde, corre-cotia, passa-anel... Lembra as brincadeiras da sua infância? Elas são ótimas para tirar as crianças da frente da TV;

6)  brinquedos eletrônicos que as crianças adoram: De laptop infantil a globo interativo, de sudoku a minimesa de música: idéias para fazer a alegria da garotada;

7) brinquedos que você pode fazer: Pipa, cinco marias, pé de lata... fazer brinquedos artesanais para as crianças;

8) aprender em Viagens:  transformar uma viagem em diversão e aprendizado em família;

9) aproveitar uma visita ao zoológico: fazer seu filho se divertir e aprender sobre meio ambiente no zoológico;


11)  levar as crianças ao teatro: você e seu filho se divertirem e aprenderem antes, durante e depois do espetáculo;

13)  aproveitar uma ida a um centro histórico: juntar diversão e conhecimento em um passeio pra lá de educativo em sua própria cidade;

14)  aproveitar uma ida ao planetário: Olhar o céu - ou uma projeção dele - pode ser uma experiência ótima para ter com os filhos.
                                                                                 Fonte: Revista digital Educar para Crescer

PRAZER EM APRENDER

 O ser humano, desde bebê,  usa o corpo para conhecer e  adaptar-se ao mundo. Ao longo da vida, adquire satisfações emocionais,  se desenvolve fisicamente, exercita a cognição, a percepção sensorial e a linguagem,  descobre do que é capaz, vence as dificuldades cotidianas. Na  rotina  da sala de aula, vê-se que, as  crianças sem oportunidades de  brincar tem dificuldades  em conquistar o domínio sobre o  meio exterior na transição entre o mundo interno. Todavia, o jogo, o brinquedo e as brincadeiras  desafiam o pensamento infantil, pelas situações problematizadoras, jogando elas constroem habilidades de atenção, percepção, memória, ação lógica, organização do pensamento  que auxiliam a apreensão do conhecimento. O recurso lúdico possibilita  o  fazer com prazer,  hábitos de estudos agradáveis, que enriquecem as dimensões pessoal, social e pedagógica do aprendiz. Na  clínica psicopedagógica o jogo se torna um suporte terapêutico, cria o espaço de lúdico de confiança para o diagnóstico e o tratamento do fracasso escolar. 

Ms. Regina Lucia Brandão Alencar

Professora do Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia: Clínico-Institucional da Universidade Gama Filho